terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Nome da Coisa

Estava aqui há dias, já não me lembro bem quando, ah mentira, foi ainda ontem, a conversar com duas colegas sobre o medo que muitas pessoas têm de dar nome as coisas ou de as chamar pelos nomes delas. E isso é tão visível, e se me meter aqui a pensar sobre isso, é cada vez mais frequente. Tudo começou quando começámos a chamar alguém por “ó coiso, anda cá!” e daí para a frente foi o descambanço total! Pensemos nas inúmeras formas de nomear o acto de acasalamento ou cópula. Foda, queca, enterra o bicho, mandar uma, vira para cá o bujão e toma lá morangos, papar, comer, arrebentar, e tantas outras que com alguma criatividade e perseverança eu me iria lembrar.
Ora, são estes casos meros exemplos de expressões habituais que usamos quase que diariamente, no entanto, existem outros casos, a meu ver mais críticos, que revelam uma certa incapacidade por parte dos indivíduos em admitir ou reconhecer determinada situação e assumir as responsabilidades a elas associadas. Ora vamos lá ver vários exemplos. Comecemos com o acto de namorar. Uns namoram, outros andam, outros curtem, outros são amigos coloridos, outros casam, etc, etc. Então mas afinal não é tudo muito o mesmo? Naturalmente que existem os factores tempo e sentimento como determinantes mas bem vistas as coisas, tudo isto não passam de várias formas de dizer que beltrano naquele momento está envolvido com sincrano. Outro caso interessante de observar é quando o namoro termina. Acabou ou deram o tempo? E quanto tempo é dar um tempo? E que se faz ao fim de um tempo? Diz-se “ ah e tal, adeus”? ou quando se avança para “dar um tempo” é porque queremos acabar mas não queremos ser tão brutos ou rudes? C’um camandro! Se acabou, acabou, se namorou, namorou. Depois há as relações abertas, ou o mesmo que amizades, cujos indivíduos gostam muito um do outro, mas que também gostam de enterrar os bichos em outras freguesias. Se assim é, não é namoro, não é? Ou é? Ai que grande confusão! Antigamente é que era, casava-se para toda a vida e não havia margem para duvidas! Claro que filhos bastardos havia aos pontapés…e ainda bem que os cocheiros e ademais rapazes não conseguem engravidar…senão é que era o elas!

5 comentários:

Adão disse...

É tudo a gosto. Hoje em dia, isso mesmo é o reflexo da sociedade (já estou cansado de te dizer lololol). Cada um adopta para si, o comportamento que melhor lhe aprouver. Não sei. Parece-me sim, as pessoas têm medo de rótulos. Então vão criando as suas próprias etiquetas, porque se alguém chamar a atenção, podem sempre dizer: "mas no meu caso é diferente". Mas será mesmo diferente? Ou apenas aborrecido? Ou apenas uma maneira de fugir à maioria? Ou à (a)normalidade que por ali prolifera? Amigos coloridos, acaba por ser uma expressão curiosa, porque nunca se sabe bem o que é. Parece-me a desculpa perfeita para alguém espancar a cobra zarolha de vez em quando, sem ter a necessidade de demais compromissos. Giro, giro era os amigos coloridos serem de facto coloridos e pegarem em latas de tinta e pintarem-se todos uns aos outros. Estarei a ir longe demais na análise? Não apenas estou a ser parvo e por aqui fico (gargalhada).

Adão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
blogger disse...

cobra zarolha é muito bonito de se dizer, sim senhor, dá que pensar no que para aí tens lol

Joni C. disse...

Olá blogger querido! Aposto que já tinhas saudadinhas da minha pessoa e que estavas aborrecido por eu não comentar nada neste blog divinal! Então vou fazer um resumo dos últimos dias porque acho que se encaixa bem neste 'Post'.
Há duas semanas conheci uma pessoa. No dia em que nos conhecemos (ou melhor... noite!) houve alguns beijinhos e troca de número de telemóvel. Marcámos um encontro alguns dias depois. Fomos lanchar à esplanada do Largo do Carmo, fomos ver o Pôr-do-Sol ao Cais das Colunas, fomos jantar ao Calcutá no Bairro Alto e fizémos serão à porta do Maria Caxuxa de mão dada e com um beijito de vez em quando. Dormimos juntos e abraçados (sem sexo... não sejam porcas!)
Continuámos a fazer este tipo de programas e por esta altura já tivemos sexo (mais descansadas?).
Enfim... gostamos um do outro e fazemos questão de o dizer um ao outro.
Como tiveram oportunidade de ler, fazemos tudo o que os namorados fazem. No entanto não estamos 'oficializados'!
Ainda não houve a pergunta do 'Queres namorar comigo?'
Sendo assim, nós somos o quê?
E pronto! Deixo a pergunta no ar e aguardo respostas com sugestões de títulos que se adequem à minha 'relação' (OMG... eu nem acredito que disse mesmo: 'relação'! E soube tão bem...)
Beijinhos e Abraços. Espero que tenham gostado deste pequeno episódio. Atentem que fiz questão de descrever uma espécie de roteiro romântico e aconselho vivamente que algum dia façam uma 'tour' deste género.
Sem mais assunto de momento, despeço-me com amizade!

Bem hajam caros leitores deste blog!

blogger disse...

joni, deste-me ideias para novos posts. se bemvindo!