quarta-feira, 7 de outubro de 2009
procura-se
domingo, 27 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
a voz
domingo, 6 de setembro de 2009
Eating Out - o veredicto

Este post é para dar seguimento a este aqui. Parece que já se passou muito tempo, não é verdade?
Confesso que não sou grande apreciador de filmes gay. Não achei o “bareback” Mountain nada de especial, com algumas falhas até, dei uma olhadela num antigo chamado “presque rien” e em mais um ou outro e até à data só achei graça ao “Another Gay Movie”. Das duas uma: ou o filme é terrivelmente aborrecido ou é terrivelmente mal ensaiado/encenado/montado.
A premissa deste filme é bastante básica mas o suficiente para poder proporcionar uma série de acontecimentos caricatos, senão mesmo hilariantes, mas isso é coisa que não acontece propriamente. Tem cenas giras, tem cenas excitantes e tem cenas realmente deprimentes (e não no sentido dramático ou operático da coisa).
Há um rapaz hetero que não consegue namorar com raparigas. Ele divide a casa com uma bixa que está apaixonada por outro rapaz, que por sinal é giro mas abixanado o suficiente para eu não sentir qualquer tipo de atracão por ele. E esse rapaz giro tem uma melhor amiga que só arranja namorados gays. O hetero conhece-a e fica interessado nela, mas para isso chega à conclusão que tem de se fazer passar por gay…
Ao fazer-se passar por gay, acaba por atrair o rapaz todo giro em vez da rapariga e
E aí que começa a confusão toda. O nome do filme vem do facto de o rapaz giro e o rapaz hetero combinarem um date.
O realizador e guionista desta história decidiram de certeza tentar chegar a todo o lado sem conseguirem chegar a lado nenhum. Por um lado querem uma história engraçada, por outro querem uma história sensual/excitante, por outro lado querem fazer criticas à forma como os engates são feitos e às maneiras de agir das pessoas em relação aos mesmos (ligar no dia a seguir à queca ou não ligar? Um clássico!). Por fim, tentam também dar uma lição de moral sobre a aceitação de um filho homossexual pelos seus pais e pelo respeito de toda a gente e para acabar em beleza ainda querem dar ligeiros toques de romance, rematados em três minutos de diálogo no fim do filme. Esta sopa só podia dar numa coisa: água!
Ah pois é, meus caros leitores. As actuações são medonhas. O que faz de hetero convence realmente que é hetero, mas isso é porque também fala pouco e faz sempre ar de bronco, como nós gostamos. Os pais dele com aquelas falas são de fazer vomitar. As bixas são mesmo abixanadas e escapa também a rapariga por quem o hetero se apaixona, que é tonta mas tem pinta. A banda sonora, praticamente inexistente, acerta aqui e acolá apenas, os planos são toscos (fariam melhor se andassem com a câmara na mão, quase que filmando em directo, sempre estava mais na moda e dava ar de alternativo). Deduzo que o orçamento tenha sido bastante limitado…mas…acho que a TVI faz melhor. Nota dez apenas para os corpinhos tonificados, lisinhos e de fazer babar. Sugestão: passar menos horas no ginásio e mais a treinar a actuar.
Numa escala de 1 a 10, nota 3,5.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
cotas
<|eu|> ola
<|eu|> gosto do meu avo lol :P"
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
sobre mudança de pneus ( ou porque não sou hetero)
É por estas e por outras que apesar de me achar bastante straight acting boy, no fim de contas, correspondo ao grande cliché de bicha tonta que nem um pneu sabe mudar. Sinceramente!
Dos Casamentos

Ontem fui a um casamento, o acto supremo da celebração do amor (ainda que muitos o achem uma patetice, uma perda de tempo e dinheiro, uma grande hipocrisia, isto e aquilo) mas eu não penso assim. Penso que há casamentos e casamentos, como há comida e comida, restaurantes e restaurantes, marcas de roupa e marcas de roupa, ou seja, tudo depende e é relativo. Acontece que neste caso os noivos são meus amigos de infância e já namoram há consideráveis anos, mantendo sempre um enorme respeito um pelo outro (daquelas coisas que já não se vê muito por aí) Foram pessoas que por motivos religiosos decidiram guardar a sua virgindade até este momento. Uns dirão: que desperdício e idiotice. Eu pergunto: Porquê? Se se amam há tanto tempo, porque não oferecem uma coisa tão intima e importante como a virgindade ao outro parceiro? E agora muitos olham para mim com olhares chocados e enojados, a pensarem como sou eu capaz de dizer estas coisas, mas eu digo e torno a dizer. Sempre considerei a virgindade como uma coisa importante que não deve ser tratada de forma leviana. Não é por falta de ida aos treinos que o jogo não resulta. Há mais, muito mais em jogo. E agora devem achar que eu sou um grande inocente por pensar que eles são mesmo virgens. E porque não? A força de vontade pode ser muito grande, o prazer da espera, e porque ainda há pessoas com outros valores (conservadores? Retrógrados? Ou só diferentes do geral?) e que os decidem manter como forma de vida e eu não vejo mal nenhum nisso.
Ora bem, continuando, Uns dirão: acomodaram-se. E eu pergunto: e é mau? É mau uma pessoa ter uma coisa estável com outra e decidir passar o resto da vida com esse alguém que lhe faz sentir bem? A meu ver não me parece. E normalmente quem é contra esse tipo de coisas é porque no fundo não admite que é isso mesmo que quer para a sua vida mas que até então tem sido incapaz de alcançar. E mais, será que é preciso passar por situações de pós-namoros para perceber que aquilo que se tinha era óptimo para nós, perfeito e que nunca o deveríamos ter acabado? É preciso passar pela amargura do depois de alguma coisa acontecer que gostávamos muito para perceber o quão bom e importante e bem nos fazia sentir? Fico muito mais feliz por saber que mantive uma coisa boa e que me fazia bem do que tê-la, perde-la e lembrar-me com nostalgia e remorso dela.
Posto isto, para finalizar. Casamentos deixam-me sempre deprimido. Porque se celebram pessoas que se amam, passam-se daquelas musicas românticas e enjoativas que mexem comigo, os meus amigos quase todos já estão em relacionamentos estáveis e duradouros, e muitos a casar, e eu por vezes penso que gostaria tanto de ser hetero, que tudo seria tão mais fácil, e que também poderia ter momentos deste género partilhados com alguém de quem eu gostasse, momentos de celebração e reconhecimento por parte dos meus amigos e familiares do meu relacionamento amoroso.
sábado, 15 de agosto de 2009
Dates
Ah já me lembrei. Então cá vai.
Provavelmente, muito provavelmente até, só acontece comigo, mas deixo em tom de pergunta ao meu prezado e mui fiel leitorado a seguinte questão: quem é que nunca teve um date que fosse um aborrecimento? Ou melhor: quem é que nunca foi para um date quase que por favor? Pois, se calhar ninguém, mas eu já fiz disso. E estou a falar sobre isto porque foi uma coisa que me aconteceu recentemente e que ainda está fresca na memória.
Estávamos a falar no Messenger (a falar é como quem diz, eram apenas umas frases básicas intercaladas) e mostrámos umas fotos de cada um de nós e eis que surge o convite: “ah e tal queres ir beber café? “E eu cá para comigo “hum, tenho isto e aquilo para fazer, e tenho que preencher tempo pelo meio”. “Está bem, sim senhor, pode ser” acabei por responder. E lá aconteceu. Há hora marcada (com atrasos pelo meio. Um aparte: é feio, muito feio, fazer a outra pessoa esperar mais que 15 minutos, mas sobre isso noutro post) lá estava eu e eis que ele também chega, e lá fomos ao café. Não houve problemas em termos de aparência física nem de conversa, nada dessas razões justificaram a minha falta de interesse. Eu apenas não estava para ali virado. Conversámos um bocado mas daí a pouco tive de me ir embora, por questões de urgência horária (que eu sou importante).
Quando saí dali pus-me a pensar no sucedido e até comentei com alguns. Há quem tenha dito que sou demasiado exigente com as pessoas. E eu pergunto: é uma questão de exigência ou uma questão de identificação? Se não me identifico minimamente com a pessoa em questão, as coisas podem sair bem educadamente, mas depois adeusinho e até mais ver. Outra razão que pode justificar este desinteresse é o facto de eu ainda não estar totalmente recuperado dos últimos acontecimentos na minha vida. Por último, e a meu ver, o mais correcto e aplicável de todos, a razão que justifica tudo isto é uma mudança na minha forma de estar e encarar a vida. Os meus interesses mudaram (ou evoluíram, como queiram) e com a idade (estou muito velho!) e alguma experiencia acumulada, há coisas para as quais já não estou virado. Talvez porque tenha adquirido mais respeito e amor próprio.
Enfim, não sei bem ao certo mas a verdade é que enquanto o cafezinho se desenrolava eu só pensava nas séries e filmes que tinha em casa e que podia estar a ver.