quarta-feira, 8 de abril de 2009

WC

Ao ler o titulo deste post o leitor será, provavelmente, induzido a pensar que o conteúdo deste post é relativo a engates em casas de banho publicas. Desengane-se pois está redondamente equivocado. Esse é um tema sobre o qual ainda não posso tirar grandes elações uma vez que nunca me aconteceu, pelo menos que eu me tenha apercebido, isto porque, como não gosto de ir aos urinóis e ter o sujeito do lado a olhar para a banda de cá para ver quem aguenta fazer xixi durante mais tempo, qual concurso de proezas digno de constar no Guiness, desloco-me sempre até aos cubículos, onde em paz posso saborear aquele momento de alívio e descontracção. Mas então sobre que raio é post afinal?

O presente post serve para comentar, descrever de forma caricata algo que todos nós já passámos, pelo menos em alguma ocasião da nossa vida. Refiro-me ao acto de defecar num wc público. “Que nojo!” pensará de imediato o leitor.” Eu cá não faço isso”. Pois. Exacto. Ninguém faz. Aliás, ninguém faz cocó no mundo nem manda punzinhos. Adiante!

E porque surgiu esta ideia assim tão disparatada? A bem da verdade porque tinha ido ao wc do meu local de trabalho fazer um chichi da manhã, quando, no silêncio, apercebo-me que no cubículo ao lado devia estar um sujeito em aflição, ou assim parecia pelos gemidos e suspiros que emanava. E eu, ao aperceber-me daquela situação, deu-me vontade de rir, e no regresso à minha secretária fui a pensar no assunto. Até parece que ninguém faz cocó, para acharmos sempre tão ridículo e muitas outras “cousas”. Eu então, sou daqueles que, só em último caso, quando já não é mais possível, é que tenta a sua sorte. E ai de mim se sinto presenças e movimentos na casa de banho. Basta a suspeita de uma respiração e perco a concentração. Aguardo em silêncio até sentir que a calma e a solidão estão de volta para então poder terminar o meu projecto em paz.

Acontece que, muitas das vezes, sou o ouvinte, o elemento passivo que, ocasionalmente acaba a torcer o nariz . Sei que se deve passar alguma coisa do outro lado porque tomo atenção aos cubículos que estão trancados, e, consciente ou inconsciente, ponho-me a tentar perceber se o tal sujeito age da mesma forma que eu. E normalmente sim. Não me recordo de ninguém que, ao aperceber-se que eu tenha entrado num wc e que tenha largado dois presentes com um valente “ploc” na água, tenha saído do cubículo ao mesmo tempo que eu, sem qualquer problema de dar a cara pelo que fez. Como se tivesse acabado de cometer um crime de pena capital, prefere aguardar que eu saia da casa de banho, fazendo tempo, puxando papel, demorando imenso tempo a apertar as calças, e outras desculpas que tais que se inventam com o intuito de enganar os simpáticos ouvintes.

Enfim, é verdade. Trata-se de um post de merda. Mas afinal de contas não há dias que são valentes cocós?

2 comentários:

tu sabes quem disse...

post de merda, nao direi... talvez antes, post da merda!

Adão disse...

LOLOLOL Sim é um facto... cagar neste País ainda é crime! LOL