domingo, 28 de dezembro de 2008

O Rapaz que não sabia dizer “Não” – a Sex Tale

(este conto é inspirado em factos verídicos)

Havia um rapaz, comum como tantos outros, nem alto nem baixo, nem gordo nem magro, nem musculado nem sem músculos, que, apesar de toda a sua normalidade possuía uma característica que o tornava especial: sempre que se encontrava numa situação de tensão sexual em que lhe perguntavam se queria ou não, a resposta era sempre a mesma: “sim”.
Apesar dessa sua característica, ainda não havia tido muito sexo esporádico, uma vez que, sorte ou não, cedo começou a envolver-se em relações serias com outros rapazes. De facto, havia apenas estado com três em toda a sua vida, dos quais dois haviam sido namoros de duração superior a um ano cada, e o outro havia sido uma sucessão de encontros sexuais, com ou sem afecto, consoante a carência do dia em que se encontravam.
O tempo passou, os namoros acabaram. A vida profissional ocupava-lhe tempo, e sem se aperceber tinham passado três meses desde a última relação sexual. A mão já não chegava, a carência batia-lhe ao peito, mas nada era ainda muito insuportável. Tinha amigos, e isso parecia bastar-lhe. Mas não bastava…
Numa daquelas noites em que o sono parece não chegar e a mão está cansada de trabalhar, quis o destino que o rapaz se cruzasse virtualmente com um outro moço que se encontrava nas mesmas circunstâncias. Trocaram “olás” e “como estás?” e depressa se focaram em assuntos mais sexuais. Eram tão compatíveis na cama que ate faziam pandam! As horas seguiram-se até que ao ver que já eram cinco da manha, o rapaz assustou-se e pensou que devia ir dormir, não sem antes terem trocado números de telemóvel e concordado num possível encontro no dia seguinte.
O dia seguinte passou calmamente, sendo apenas alegrado pelo troque de mensagens acesas entre os dois rapazes. Ficou então combinado o rapaz dirigir-se a casa do outro por volta das 19h. Eram 19h e cinco minutos quando chegou junto do prédio, numa dessas ruas dos arredores de Lisboa. Mandou uma mensagem “ cheguei” e pouco depois a porta foi aberta. Subiu ao segundo andar e viu a porta encostada. Bateu, ouviu um “ entra”, entrou e fechou a porta. Foi então que o viu…
Assustado pensou “ o que eu vou fazer agora?”. As fotos haviam-no atraiçoado, a voz irritava-o, os maneirismos enjoavam-no e não havia simpatia que erradica-se tamanha repugnância. Não quis ser rude, mas também não quis dar a entender que queria mais alguma coisa. Entrou na sala, sentou-se no sofá. “ Vou tentar sair daqui depressa”. O anfitrião sentou-se ao lado dele e depressa passou a mão pela sua perna. Aproximou a cara para o beijar. Enojado, irritado, frustrado, o rapaz não conseguiu faze-lo parar.
Uma hora depois saiu finalmente da casa do outro, enojado consigo próprio, decidido que iria finalmente aprender a dizer “ não”.

4 comentários:

Anônimo disse...

aconteceu contigo???

Adão disse...

Pois... acontece de facto (gargalhada)

Anônimo disse...

cenas do próximo capitulo: ok! à terceira é de vez! agora sim, é não!

blogger disse...

nem sei se é à tereira. ha coisas que demoram e demoram para serem aprendidas